Uma ajuda para quem ainda não leu este que é um dos livros do vestibular 2011.
O Livro começa com um monólogo de Homig com "Kleid", o guarda-roupa carinhosamente assim chamado por uma família de imigrantes alemães, que ele acompanha há gerações. Kleid guarda dentro de si muitos segredos e histórias, cujas histórias Homig relembra constantemente diante daquele objeto tão significativo (“Mas como a bisavó fora bonita! Puxa vida! Até que aquele cabelo complicado, com uma grande igrette na cabeça, lhe dava uma graça estupenda.”). Histórias como o marcante romance de Klaus (alemão) com Sacramento, uma índia, romance tal que ultrapassou as fronteiras do preconceito, do intenso racismo vivido na época; também opressão política, quando de repente os alemães tiveram que aprender a falar português e as lembranças trazidas da Alemanha. Porém há um segredo que só poderá ser revelado ao último descendente desta família, o último "Ziegel". Somente ele poderá abrir a gaveta do armário que revelará o grande segredo desta família. Até que chega o dia em que o segredo será revelado. E Homig, que é o último Ziegel, nervoso, vê que o que há dentro da gaveta são restos humanos (falta saber de quem são) e uma carta anexada. Nesta carta, Ethel, a bisavó, conta que matou sua filha Hilda, pois a garota era irreverente (“Pegava o cavalo bravo no mato, tirava a roupa toda, montava nua em pêlo e cavalgava a vontade. O falatório da vizinhança” - p. 6) e não se encaixava nos padrões da época. Hilda estava tendo um caso com um homem negro, contradizendo as convicções de uma típica família alemã, em meados do século XX. E é com esta revelação de homicídio que o livro termina.
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